Na primeira pessoa, Ariana Rupp partilha connosco a sua experiência Fulbright, 2015-2016.  Ao abrigo da  Bolsa Fulbright para Doutoramento, a bolseira passou 5 anos na University of Akron, OH, tendo agora concluído o seu doutoramento em  Integrated Bioscience.

 

«É-me difícil resumir a minha vivência de 5 anos no Ohio, enquanto Fulbrighter a tirar o doutoramento. Certamente terá sido a fase mais desafiante da minha vida. Isto também porque se tratou de uma fase decisiva para o meu desenvolvimento enquanto pessoa, em que me afirmei finalmente adulta e independente .

Ao fim de 5 anos acumulam-se tantas experiências que o veredito não é nem preto nem branco, mas um blur de memórias coloridas, no meio doutras mais sombrias. Tirar ou doutoramento – em qualquer parte do mundo, diria eu –  tem os seus desafios próprios. O programa académico que me acolheu, ainda pioneiro e algo sub-desenvolvido na área de estudo, não proporcionou o apoio docente e colaboração investigativa que anticipava. Mais, sendo Akron uma cidade em tudo diferente da vivíssima Lisboa à qual estava habituada…. Todos estes fatores contribuíram para uma experiência académica e de campus francamente solitária . Note-se que solidão é das queixas que mais se ouvem na Graduate School.

Aprendi, certamente, a arte da iniciativa própria e da preserverância. Isto foi possível em parte graças à empresa fascinante que patrocionou os meus estudos, para a qual pude trabalhar em regime de assistantship. A oportunidade de contribuir e colaborar em projectos com aplicação real-world enriqueceu infinitamente a minha experiência no Ohio.

Evento em que pude apresentar a um grupo de jovens executivos (grupo LAIOB, do Brasil) o meu trabalho na empresa que patrocionou o meu doutoramento.

Laços com amigos Americanos que ficarão para sempre. Uma refeição multi-cultural que contou com a presença da minha “partner in crime” do doutoramento, Iraniana, e das suas receitas deliciosas.

 Ao meu parceiro, devo-lhe várias memórias belíssimas cheias de verde.

Acima de tudo, foram os laços que se criaram que me mantiveram sã até ao fim. Não poderia estar mais grata pela generosidade e carinho incondicionais que recebi dos meus avós adotivos Americanos. Também arranjei um parceiro bestial que me ensinou novas formas de apreciar a vida e como tirar partido da essência silvestre do Ohio. O Outono, esse então… nunca mais será a mesma coisa sem as cores espetaculares do bordo e do carvalho americanos.»

Muito obrigada, Ariana, welcome back!

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