«Patti Smith, Paul Auster ou Woody Allen. Todos eles são famosos pela sua paixão em relação à cidade de Nova Iorque. Quando soube da possibilidade de poder frequentar o Institute on U.S. Culture and Society na New York University, não hesitei em candidatar-me. Fi-lo por várias razões: para poder aprender in loco sobre a cultura Americana; pela oportunidade de experienciar um país diferente; por poder estar em contacto com estudiosos e investigadores da cultura Americana e, claro, para viver na cidade que nunca dorme.

O programa possibilitou tudo isso e muito mais. Organizado pela New York University, promovido pela Comissão Fulbright e desenvolvido pelo U.S. Department of State, esta foi uma oportunidade única para crescer enquanto ser humano e professor de estudos Americanos na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. As 6 intensas semanas do programa abrangeram os mais variados aspectos da sociedade e cultura dos Estados Unidos.

Se, por um lado, em sala de aula tivemos a hipótese de ouvir excelente oradores e especialistas, por outro, as várias experiências e visitas de estudo foram essenciais para a compreensão da diversidade do país e para um conhecimento aprofundado da sua multiculturalidade e pluralidade histórica.

Em Boston reconhecemos a importância do valor dado à liberdade e o modo como a esta cidade, como tantas outras, se foram lentamente modificando para acomodarem as diferentes comunidades que a habitam. A visita a Colorado Springs, Colorado, ou a Taos, New Mexico, representaram um contacto directo com o lado natural do país e, ao mesmo tempo, com as suas culturas mais antigas, como é o caso dos Nativo-Americanos que residem em Taos Pueblo e mantêm ainda grande parte das suas tradições. Washington D.C., por sua vez, permitiu uma melhor compreensão do processo democrático e político que une a nação Americana, para além de ser um lugar de preservação da memória e história do país.

Em todos estes lugares fomos recebidos de braços abertos, quer por locais, quer por colaboradores do programa. Hi dear, hi love, how exciting e have a good one! expressam não só o calor e acolhimento das diferentes pessoas que habitam os Estados Unidos, mas também uma energia e força que se destacam pelo seu lado positivo. 

E, finalmente, Nova Iorque. Poder percorrer as ruas movimentadas da Big Apple, almoçar em Washington Square Park, observar as pessoas em Union Square, estar cara a cara com a Estátua da Liberdade, jogar Basebol em Central Park, ouvir várias vozes e várias línguas. Conhecemos a grande diversidade cultural da cidade e visitámos locais marcantes: Brooklyn, Harlem, o Whitney Museum, a Broadway e Times Square ou o Louis Armstrong Museum. What a Wonderful World!

E para lá da experiência geográfica e cultural, o intercâmbio com pessoas de outros países que estavam presentes no programa. Com eles também cresci e aprendi mais sobre as diferenças culturais entre países, mas também a percepção que cada nação tem dos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, os elementos da NYU que nos acompanhavam, dois coordenadores: Philip Hosay e Lindsey Sasaki e três colaboradoras: Amanda Dudley, Anna Rungwerth e Emma Rinaldi estiveram sempre disponíveis para nos ajudarem a todo o momento, para além de nos abrirem portas para lugares e experiências que desconhecíamos.

O Institute on Society and Culture possibilitou, assim, a verdadeira American experience, com preciosos ensinamentos e realidades que poderei transmitir aos alunos. Simultaneamente, o programa representou uma mais-valia a nível curricular e pessoal, sendo um claro exemplo da abertura e incentivo à obtenção de conhecimento. Acima de tudo, foi uma experiência e uma aventura singulares que nunca mais esquecerei e que não fica por aqui. Na minha mente ecoa agora o início de “Song of the Open Road”, de Walt Whitman, que favorece a viagem pela estrada aberta.»

“Afoot and light-hearted I take to the open road,

Healthy, free, the world before me,

The long brown path before me leading wherever I choose.”

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