«A perseguição de um sonho assemelha-se muito à subida de uma montanha. Os obstáculos que vamos enfrentar vêm-se cá em baixo e só são postos ligeiramente de parte porque nos apercebemos quão longe está o cume. Se o alcançarmos, somos recompensados com uma descida pela encosta somente vista em sonhos. É uma constante de adrenalina que nos relembra o motivo pelo qual sonhámos e nos faz querer aproveitar cada instante como se tudo pudesse parar abruptamente. Contudo, é mesmo nesta descida emocionante, que durará os próximos quatro anos, que sinto a necessidade de agradecer, entre outros, à Fulbright e em especial ao Competitive College Club por me terem proporcionado parte das ferramentas que utilizei nesta empresa aparentemente desmesurada.

Para além de ter contactado com algumas pessoas maravilhosas, posso dizer que encontrei verdadeiros amigos na Fulbright. A dificuldade perante o desconhecido cria união entre os que o enfrentam e a entreajuda torna-se um eficaz mecanismo para colmatar eventuais falhas. Desde o Clube de Leitura, importantes sessões de debate e introdução à cultura e literatura americana, às sessões informativas sobre todo o processo de admissão, especiais cuidados a ter para não nos perdermos ou esquecermos de um prazo essencial – tudo foi um pequeno passo na direção certa e, em última instância, uma oportunidade de enriquecimento pessoal. Mais do que conhecer outros indivíduos que estudarão fora, criei amizades espero duradouras, que valem todo o processo. Mesmo fora das sessões, o facto de haver outros estudantes com o mesmo objetivo, permitiu que nos reuníssemos diversas vezes para nos auxiliarmos uns aos outros – esclarecermos as dúvidas mais pertinentes e pedir-nos, mutuamente, revisão dos vários “essays” requeridos às candidaturas.

Foi com profunda alegria que me dirigi às sextas-feiras à Av. Dom Carlos I. Sinto-me sortudo por ter tido este apoio e acredito que todo o contacto que tive com o ambiente estimulante de pertencer a um verdadeiro “clube” motivou-me sempre a não desistir dos meus sonhos e relembrou-me que tinha um compromisso para comigo próprio.

Para além disso, o diálogo com pessoas que já experienciaram o mesmo e que forneceram dicas preciosas sobre o processo de candidatura permitiu-me ver sempre para além do “temor” da rejeição, ou risco do insucesso.

Teria conseguido sem a Fulbright? É possível. No entanto, garanto que nunca me teria divertido tanto, e a realização de ter chegado ao cume seria muito menor, porque no fim de contas, de que vale uma caminhada se não aprendermos alguma coisa pelo caminho?»

Edoardo Contente, agosto de 2019

O Edoardo Contente participou no programa Competitive College Club no ano 2018 e foi admitido em várias universidades nos EUA com ajuda financeira, tendo posteriormente optado pela Universidade de Princeton.

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