Cristiana Santos – 2016 SUSI on Social Entrepreneurship
«Quando fui selecionada para este instituto de verão não conseguia acreditar: passar 5 semanas no sul dos Estados Unidos era um sonho tornado realidade. A Inês Furtado e eu fomos escolhidas para representar Portugal no programa desenvolvido pela Universidade do Tennessee em Chattanooga cujo principal foco foi o Empreendedorismo Social. Antes de concorrer para este programa nunca tinha pensado na conjugação do desenvolvimento de negócios e a resolução de problemas sociais. Mas foi isto que aprendi durante o tempo que passei nos Estados Unidos: abri os meus horizontes e descobri que é possível fazer mais e fazer melhor pela nossa comunidade.
A estadia em Chattanooga foi deveras importante: uma cidade que nos anos 60 foi apelidada de a mais poluída nos Estados Unidos conseguiu inverter o seu destino e em 2015 foi eleita uma das melhores cidades para se viver. Este é um exemplo de que quando a comunidade se junta é possível resolver os problemas da cidade. Tal começou com a ideia de construir um aquário. A população juntou-se e assim se deu o desenvolvimento de uma cidade que, atualmente, conta com inúmeras organizações não governamentais.
A minha experiência americana foi dividida em duas fases: as primeiras quatro semanas foram passadas em Chattanooga, onde durante a parte da manhã tínhamos aulas na Universidade e durante a parte da tarde visitámos organizações não governamentais ou então participávamos em ações de voluntariado. Tivemos oportunidade de ajudar a Habitat for Humanity na revitalização de um bairro onde ajudamos a pintar uma casa. Passamos também pelo Banco Alimentar onde ajudamos a etiquetar latas de milho doce.
Na última semana deslocamo-nos até Boston onde passamos quatro dias a descobrir a história americana e também tivemos a oportunidade de visitar Harvard e o MIT. A nossa estadia terminou com a deslocação a Washington DC onde apresentamos o projeto que, em grupo, desenvolvemos durante as semanas anteriores e onde teve lugar a cerimónia de conclusão do programa. Tivemos ainda a oportunidade de explorar a capital desta grande nação.
O contacto com americanos foi reduzido passando pelo contacto com os mentores, os professores e com as pessoas que tomavam parte nas ONG que visitamos. O contacto que tivemos com os mentores foi suficiente para termos um cheirinho da vida americana e mais praticamente da “southern life”: tardes passadas a fazer caminhadas tanto dentro dos trilhos como fora deles, passeios e banhos no lago, horas no Walmart para comprar meia dúzia de coisas, as viagens na carrinha, tentar experimentar diversos restaurantes mas acabar sempre no Yellow Deli (uma ‘cadeia’ de restaurantes liderada por um ‘culto’ meio ‘hippie’ meio judeu) ou então no sushi (até alteramos o nome do programa – #sushileaders2016)
A minha experiência no programa não teria sido a mesma se não fosse pelas pessoas que conheci e que tomaram parte do mesmo: sinto que fiz amigos para a vida. Mesmo pertencendo a 15 países europeus diferentes, o respeito e a compreensão foram uma constante e resultaram em aventuras inesquecíveis. Tive a oportunidade de fazer montanhismo diversas vezes, de ir para o ginásio às 6 da manhã para poder aproveitar o dia, passamos horas a trabalhar tanto no projeto final como nos projetos desenvolvidos semanalmente. Descanso não existia e a intensidade do programa fazia-se sentir. Mas isso não era desculpa para não fazermos mais e fazermos melhor. Sinto que me tornei numa pessoa mais ativa e com vontade de fazer mais pela minha comunidade. Os amigos que conheci inspiraram-me todos os dias e continuam a fazê-lo. Espero encontra-los em breve mas até lá continuamos a trocar opiniões e a matar saudades no grupo do WhatsApp.
Duas citações marcaram a minha participação: “We can’t help everyone but everyone can help someone” pertencente a Ronald Reagan – marcou o inicio da minha candidatura e representa a minha expectativa em relação ao programa, o lado social; e “If you never ask, the answer will always be a no” – teve um impacto em mim durante o programa quando desenvolvi o meu lado empreendedor. Por isso este é o meu conselho: é sempre possível fazer algo, impossível é apenas uma palavra. Não tenham medo em tentar: quem não arrisca não petisca. Eu arrisquei e tive a oportunidade de passar 5 semanas fantásticas nos Estados Unidos da América.»
Quando fui selecionada para este instituto de verão não conseguia acreditar: passar 5 semanas no sul dos Estados Unidos era um sonho tornado realidade. A Inês Furtado e eu fomos escolhidas para representar Portugal no programa desenvolvido pela Universidade do Tennessee em Chattanooga cujo principal foco foi o Empreendedorismo Social. Antes de concorrer para este programa nunca tinha pensado na conjugação do desenvolvimento de negócios e a resolução de problemas sociais. Mas foi isto que aprendi durante o tempo que passei nos Estados Unidos: abri os meus horizontes e descobri que é possível fazer mais e fazer melhor pela nossa comunidade.
A estadia em Chattanooga foi deveras importante: uma cidade que nos anos 60 foi apelidada de a mais poluída nos Estados Unidos conseguiu inverter o seu destino e em 2015 foi eleita uma das melhores cidades para se viver. Este é um exemplo de que quando a comunidade se junta é possível resolver os problemas da cidade. Tal começou com a ideia de construir um aquário. A população juntou-se e assim se deu o desenvolvimento de uma cidade que, atualmente, conta com inúmeras organizações não governamentais.
A minha experiência americana foi dividida em duas fases: as primeiras quatro semanas foram passadas em Chattanooga, onde durante a parte da manhã tínhamos aulas na Universidade e durante a parte da tarde visitámos organizações não governamentais ou então participávamos em ações de voluntariado. Tivemos oportunidade de ajudar a Habitat for Humanity na revitalização de um bairro onde ajudamos a pintar uma casa. Passamos também pelo Banco Alimentar onde ajudamos a etiquetar latas de milho doce.
Na última semana deslocamo-nos até Boston onde passamos quatro dias a descobrir a história americana e também tivemos a oportunidade de visitar Harvard e o MIT. A nossa estadia terminou com a deslocação a Washington DC onde apresentamos o projeto que, em grupo, desenvolvemos durante as semanas anteriores e onde teve lugar a cerimónia de conclusão do programa. Tivemos ainda a oportunidade de explorar a capital desta grande nação.
O contacto com americanos foi reduzido passando pelo contacto com os mentores, os professores e com as pessoas que tomavam parte nas ONG que visitamos. O contacto que tivemos com os mentores foi suficiente para termos um cheirinho da vida americana e mais praticamente da “southern life”: tardes passadas a fazer caminhadas tanto dentro dos trilhos como fora deles, passeios e banhos no lago, horas no Walmart para comprar meia dúzia de coisas, as viagens na carrinha, tentar experimentar diversos restaurantes mas acabar sempre no Yellow Deli (uma ‘cadeia’ de restaurantes liderada por um ‘culto’ meio ‘hippie’ meio judeu) ou então no sushi (até alteramos o nome do programa – #sushileaders2016)
A minha experiência no programa não teria sido a mesma se não fosse pelas pessoas que conheci e que tomaram parte do mesmo: sinto que fiz amigos para a vida. Mesmo pertencendo a 15 países europeus diferentes, o respeito e a compreensão foram uma constante e resultaram em aventuras inesquecíveis. Tive a oportunidade de fazer montanhismo diversas vezes, de ir para o ginásio às 6 da manhã para poder aproveitar o dia, passamos horas a trabalhar tanto no projeto final como nos projetos desenvolvidos semanalmente. Descanso não existia e a intensidade do programa fazia-se sentir. Mas isso não era desculpa para não fazermos mais e fazermos melhor. Sinto que me tornei numa pessoa mais ativa e com vontade de fazer mais pela minha comunidade. Os amigos que conheci inspiraram-me todos os dias e continuam a fazê-lo. Espero encontra-los em breve mas até lá continuamos a trocar opiniões e a matar saudades no grupo do WhatsApp.
Duas citações marcaram a minha participação: “We can’t help everyone but everyone can help someone” pertencente a Ronald Reagan – marcou o inicio da minha candidatura e representa a minha expectativa em relação ao programa, o lado social; e “If you never ask, the answer will always be a no” – teve um impacto em mim durante o programa quando desenvolvi o meu lado empreendedor. Por isso este é o meu conselho: é sempre possível fazer algo, impossível é apenas uma palavra. Não tenham medo em tentar: quem não arrisca não petisca. Eu arrisquei e tive a oportunidade de passar 5 semanas fantásticas nos Estados Unidos da América.