“Ainda me lembro, há uns meses atrás, quando lia e relia as experiências vividas por outros participantes. Revia-me nelas e ansiava por poder vivê-las e partilhá-las. Estudar numa Universidade Americana parecia ser o plano perfeito para as minhas férias de verão. Decidi tentar, não tinha nada a perder.

A resposta chegou, convidando-me para uma entrevista na Fulbright. A espera da temida entrevista em inglês, tornou-se ansiógena. Mas decidi encarar a entrevista como um momento de aprendizagem. Quer ficasse quer não, já teria valido a pena a experiência.

Depois da entrevista, iniciava-se o momento de espera do resultado. Numa das minhas aulas de estatística o telemóvel vibra. Era da Fulbright. Até ao fim da aula já não calculava as hipóteses dos meus exercícios, mas sim os assuntos que tivessem que discutir comigo: o alegre sim ou o temido não. Após a aula corri para o e-mail. Saltei de alegria quando vi que a resposta tinha sido sim. Em breve estaria em Filadélfia na Universidade de Drexel para participar no programa Civic Activism.

Não esqueço o meu entusiasmo quando cheguei a Filadélfia. O programa era fantástico, mas era intenso e a gestão do tempo crucial. Tínhamos um horário semanal, com aulas, voluntariado, visitas de enquadramento com o programa e ainda trabalhos.

Recordo todas as experiências como momentos de aprendizagem interessantíssimos. Destaco os seminários de liderança, pois permitiu-me perceber, que a liderança pode motivar e inspirar as pessoas de forma a atingir os objectivos do grupo. Destaco também a visita ao National Constitutional Center como importante para perceber melhor a história da América.

Não posso falar desta experiencia sem destacar todos os professores, tutores e organizadores do programa. Primaram pela excelente organização, dedicação e motivação enorme, que tornaram este programa fantástico.

É impossível também descrever esta experiência sem falar do extraordinário grupo unido de jovens europeus que conheci. O ambiente era estupendo. Hoje, só resta as memórias e a saudade dos bons tempos que vivi com todos, mas a vontade de os tornar a ver é enorme. Restam as possibilidades permitidas pela tecnologia para amenizar a saudade.

Relendo a minha candidatura vejo que consegui cumprir os meus objectivos. Mas não só. Ganhei ainda mais motivação para continuar a ajudar a minha comunidade. A partir da agora não posso parar.

Espero que este texto incentive todos os estudantes a concorrerem. Não se esqueçam que nunca se perde nada. Mesmo não sendo seleccionado aprende-se sempre algo. O único conselho que vos dou é mandarem a vossa candidatura. Boa sorte.”

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